escrevo
versos em nome do amor
versus
toda
a dor que me acompanha.
das coisas mais
ridículas
e depreciativas
é que amor rime com
dor,
e não com vida,
mas eu mesmo me convido
a rimar amor com vida.
e que embora
repetitivo,
não me sinto
compreendido,
pois tem quem só
sobreviva
com ferida que não
cicatriza,
eu mesmo muito resisto,
e me suporto.
porto meu sangue
vermelho
nas palavras,
mas a fim de acompanhar
Vênus
pra degustarmos um
vinho tinto,
sem me preocupar com
alucinações
e possíveis ressacas,
que não me deixem
viver o dia.
eu quero o perfume da
rosa,
ainda que me machuque,
mas que não seja só
dor.
que me tire do leito e
me faça andar,
pra contemplar uma rima
rica,
sem forma ou definição,
de amor com vida.
Jefferson Santana